Os portugueses ao chegarem ao Brasil, em 21 de abril de 1.500, aportaram na Baía, hoje, um Estado, da Confederação dos Estados dos Estados Unidos do Brasil. Aportaram, plantaram a bandeira, mas o interesse em colonizá-lo, começou com a descoberta de que havia ouro no Brasil. Para o Brasil foi mandada a caravana de velas, comandada por Martim Afonso de Souza, aliás, sobrenome de minha mãe, filha de portugueses também, casada com um português, nascido em Figueira da Foz. Acabada a primeira guerra mundial, onde batalhou na França, emigrou para o Brasil, trabalhando duro na Estrada de Ferro, na extração da madeira, e, finalmente, em São Paulo, como operário.
Os companheiros de Martim Afonso de Souza, foram um bando de gente indesejáveis em Portugal. Nenhum deles tinha a experiência de chefes de família. Cada um amantizou-se com tantas índias quanto pode. Sem confirmação documental, comenta-se que Martim Afonso teve 312 filhos com as silvícolas. Tempos depois, o Brasil foi dividido em Sesmarias, ou terras entregues a nobres portugueses, para o cultivo da cana do açúcar. Houve então, a necessidade de braços, mas os silvícolas não se prestavam para o trabalho. Fugiam para a floresta, que era o seu habitat. Vieram então os escravos. Os senhores da terra compravam escravos aos lotes. Sempre lhes era oferecido uma jovem de 12 anos em diante, para sua diversão . Faltou então, à sociedade brasileira, um perfil de um gestor da moral, da conduta, de comportamento exemplar à família. Daí surgiu o hábito dos brasileiros , ao virem do trabalho, primeiro gastar horas, jogando conversa fora, nos bares.
Vamos ao exemplo da outra América, a do norte. Começou a ser civilizada 100 anos depois. Quem eram os colonizadores? Eram os puritanos, foragidos da perseguição de Henrique VIII, que inventou uma igreja católica inglesa, por ser excomungado pelo papa. Os puritanos primeiro iam com os filhos homens. Preparavam a casa, eram auxiliados pelos que antes chegaram, também puritanos. Resultado: muitos homens, poucas mulheres. Eis aí a razão da força feminina nos USA. Os heróis americanos são eternos solteiros. O casamento lhes tiraria a auréola de heróis.
Dirão alguns: -Mas é isso que somos aos olhos brasileiros? De modo algum. Foi a flexibilidade portuguesa, de abandonarem os muitos panos sobre o corpo, que lhes permitiu adaptação ao clima tropical. Foi esse desapego à aparência, que nos legou esse relativismo que se vê na personalidade dos brasileiros. Quase nada levam a sério, por isso não tivemos muitas guerras e revoluções internas. A ditadura dos anos 60 foi coisa leve diante das que acontecem noutros países. O grito de Independência do Imperador Dom Pedro I, separando o Brasil de Portugal, foi diante de meia dúzia de gatos pingados.
E esse Imperador, que Imperador foi? Basta ler-se o livro de Paulo Setúbal, “As maluquices do Imperador”, para vermos que ele estava mais abrasileirado do que os próprios brasileiros.
Vamos a concluir, pois muitas páginas seriam precisas para descrever as similaridades. Herdámos a religião, mas uma catolicidade bem leve ou, como se diz por aqui, bem “light”. Herdámos o gosto de se comer bem. E como nosso solo é generoso de quem disso gosta! Herdámos o espírito festeiro do português, alegre, que dá boas vindas a um qualquer, mesmo sem conhecer. Herdámos a língua da qual tanto nos orgulhamos. A concluir, diremos que os que para Portugal vão não tem sido bons representantes nossos. A colónia portuguesa no Brasil nem é vista como estrangeira, pois até chamamos os portugueses de “patrícios”. Precisa mais? Que venham os portugueses para o Brasil, quer como turistas quer como imigrantes. Mas que conheçam os gaúchos, os paranaenses , com seus campos verdejantes de café. Os catarinensses, com suas cidades italianas e alemães, cujas cidades mais parecem Europa que Brasil. Os paulistas com seus 50 milhões de habitantes, com a grande São Paulo, com 18 milhões de habitantes. Os cariocas, que só vivem a sorrir. Venham portugueses, pois vão sentir-se como estando em Portugal, mas venham com tempo para conhecer os nossos 8.500 kms de lindas praias, e a nossa alegre receção por termos tantas coisas em comum para compartilhar.
Espero um dia ainda estar em Portugal, para dizer com a própria voz de quanto lhes somos gratos e os admiramos!
Professor Manoel de Jesus The
Os companheiros de Martim Afonso de Souza, foram um bando de gente indesejáveis em Portugal. Nenhum deles tinha a experiência de chefes de família. Cada um amantizou-se com tantas índias quanto pode. Sem confirmação documental, comenta-se que Martim Afonso teve 312 filhos com as silvícolas. Tempos depois, o Brasil foi dividido em Sesmarias, ou terras entregues a nobres portugueses, para o cultivo da cana do açúcar. Houve então, a necessidade de braços, mas os silvícolas não se prestavam para o trabalho. Fugiam para a floresta, que era o seu habitat. Vieram então os escravos. Os senhores da terra compravam escravos aos lotes. Sempre lhes era oferecido uma jovem de 12 anos em diante, para sua diversão . Faltou então, à sociedade brasileira, um perfil de um gestor da moral, da conduta, de comportamento exemplar à família. Daí surgiu o hábito dos brasileiros , ao virem do trabalho, primeiro gastar horas, jogando conversa fora, nos bares.
Vamos ao exemplo da outra América, a do norte. Começou a ser civilizada 100 anos depois. Quem eram os colonizadores? Eram os puritanos, foragidos da perseguição de Henrique VIII, que inventou uma igreja católica inglesa, por ser excomungado pelo papa. Os puritanos primeiro iam com os filhos homens. Preparavam a casa, eram auxiliados pelos que antes chegaram, também puritanos. Resultado: muitos homens, poucas mulheres. Eis aí a razão da força feminina nos USA. Os heróis americanos são eternos solteiros. O casamento lhes tiraria a auréola de heróis.
Dirão alguns: -Mas é isso que somos aos olhos brasileiros? De modo algum. Foi a flexibilidade portuguesa, de abandonarem os muitos panos sobre o corpo, que lhes permitiu adaptação ao clima tropical. Foi esse desapego à aparência, que nos legou esse relativismo que se vê na personalidade dos brasileiros. Quase nada levam a sério, por isso não tivemos muitas guerras e revoluções internas. A ditadura dos anos 60 foi coisa leve diante das que acontecem noutros países. O grito de Independência do Imperador Dom Pedro I, separando o Brasil de Portugal, foi diante de meia dúzia de gatos pingados.
E esse Imperador, que Imperador foi? Basta ler-se o livro de Paulo Setúbal, “As maluquices do Imperador”, para vermos que ele estava mais abrasileirado do que os próprios brasileiros.
Vamos a concluir, pois muitas páginas seriam precisas para descrever as similaridades. Herdámos a religião, mas uma catolicidade bem leve ou, como se diz por aqui, bem “light”. Herdámos o gosto de se comer bem. E como nosso solo é generoso de quem disso gosta! Herdámos o espírito festeiro do português, alegre, que dá boas vindas a um qualquer, mesmo sem conhecer. Herdámos a língua da qual tanto nos orgulhamos. A concluir, diremos que os que para Portugal vão não tem sido bons representantes nossos. A colónia portuguesa no Brasil nem é vista como estrangeira, pois até chamamos os portugueses de “patrícios”. Precisa mais? Que venham os portugueses para o Brasil, quer como turistas quer como imigrantes. Mas que conheçam os gaúchos, os paranaenses , com seus campos verdejantes de café. Os catarinensses, com suas cidades italianas e alemães, cujas cidades mais parecem Europa que Brasil. Os paulistas com seus 50 milhões de habitantes, com a grande São Paulo, com 18 milhões de habitantes. Os cariocas, que só vivem a sorrir. Venham portugueses, pois vão sentir-se como estando em Portugal, mas venham com tempo para conhecer os nossos 8.500 kms de lindas praias, e a nossa alegre receção por termos tantas coisas em comum para compartilhar.
Espero um dia ainda estar em Portugal, para dizer com a própria voz de quanto lhes somos gratos e os admiramos!